PLANO DE AULA Tânia . G.G .Paixão
Componente Curricular: História
Modalidade: 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental
Tema: Cultura Indígena e Diversidade
Qual aprendizado o aluno poderá ter com essa aula.
* Ser capaz de identificar que sob o conceito de "índios" há um numeroso conjunto de povos e culturas.
* Identificar a grande diversidade de povos indígenas.
* Reconhecer que hoje em dia existem vários povos indígenas vivendo no Brasil.
* Saber diferenciar indígenas do passado e indígenas do presente.
Duração das atividades.
* 4 aulas de 50 minutos cada
Material Didático utilizado.
* Quadro e giz
* Jornal e Revistas
* Pesquisas orientada
* Vídeos
* Produção de textos e mural
Recursos.
* Computador com internet
* Data Show
1ª Aula - Como vejo o índio?
- Durante essa aula o professor deverá pedir que cada aluno registre numa folha , qual a visão ele tem sobre o índio, posteriormente o professor fará uma avaliação dessa pesquisa, que servirá para fazer um diagnóstico sobre o conhecimento que cada aluno tem sobre a temática proposta.
2ª Aula - Definir uma nova visão sobre os povos indígenas.
- O professor utilizará vídeos ,como por exemplo " Índios no Brasil : Quem são eles" e pluralidade Cultural- Índios no Brasil- Nosso Direito/- you tube. Depois promover um debate com os alunos sobre o que foi visto nos vídeos e pedir que façam uma nova produção de texto sobre o que mudou na sua visão sobre os índios, após assistirem os vídeos.
3ª Aula - O conhecimento adquirido.
- O professor deverá pedir os alunos que relatem oralmente como passaram a ver os índios , após as informações recebidas.
4ª Aula - O conhecimento mais aprofundado sobre os povos indígenas.
- O professor deve dividir os alunos em grupos e distribuir aleatoriamente para cada grupo alguns nomes de tribos indígenas e pedir que eles escolham o nome de uma tribo para que façam uma pesquisa, usando como fontes a internet, livros, revista, bibliotecas virtuais.
Avaliação;
- O professor deverá analisar a avaliar os alunos durante todo o tempo das aulas, observar a participação de cada aluno e refletir se o objetivo da proposta foi alcançado.
__ ROTEIRO DA PESQUISA;
1- Qual tribo o grupo escolheu para pesquisar?
2- Qual sua localização dentro do nosso território?
3- Qual língua é falada pela tribo?
4- Quais são suas tradições?
5- Como são as casas desse povo? Cabanas, malocas?
6- Como se vestem?
7- Que tipo de armas eles usam?
8- De que se alimentam?
9- Usam algum instrumento musical? Quais?
10- Citar algumas palavras indígenas e seus significados.
- O número de aulas poderá ser alterado dependendo do desempenho da turma.
Tânia das Graças Gomes Paixão
quarta-feira, 30 de abril de 2014
PROJETO CULTURA E HISTÓRIA DOS POVOS INDIGENAS
PROJETO CULTURA E HISTÓRIA DOS POVOS
INDÍGENAS
Título: Um novo olhar sobre os povos
indígenas
Tema: Pluralidade cultural
Justificativa: por sermos um povo
constituído por uma grande diversidade étnica e termos uma herança cultural dos
povos indígenas. O presente projeto busca resgatar e valorizar a cultura e
história dos povos indígenas contextualizando os conteúdos propostos de acordo
com a Lei nº. 11.645/08.
Objetivo geral: Explorar e valorizar a
diversidade cultural dos povos indígenas.
Objetivos específicos:
*Conhecer a realidade dos povos
indígenas.
*Valorizar a cultura dos povos indígenas.
*Reconhecer e compreender as mudanças
ocorridas ao longo dos anos.
*Entender o papel do desenvolvimento
tecnológico ao longo dos anos.
*Conciliar aspectos do passado e do
presente e sua importância em nossa cultura.
* Entender que os povos indígenas
também podem possuir residência diferente sem perder suas origens.
Áreas de conhecimentos: Língua
portuguesa, geografia, história, matemática, ciências e artes.
Desenvolvimento
Serão envolvidos todos os alunos dos
anos iniciais e finais do ensino fundamental da Escola Municipal Professor
Ismael Silva, os quais assistirão a um
vídeo(documentário)educativo que será exibido em sala de aula, posteriormente
serão realizados produções de texto , exposições das redações, desenhos e
artesanatos.
Cronograma
O projeto será desenvolvido a partir do
dia 16/04 até 30/04 de 2014.
Após assistirem o vídeo os alunos do 6º
ao 9º ano apresentarão uma redação, artesanatos e desenhos que serão
apresentados a secretária de educação, expostos no pátio da escola, e a melhor
redação irá completar o TCC de CULTURA E HISTÓRIA DOS POVOS INDÍGENAS da
supervisora Fabiana.
Os alunos dos anos iniciais 2º ao 5º
ano trabalharam os conteúdos em sala de aula com textos informativos e
pesquisas relacionadas sobre o assunto.
Imagens inéditas mostram tribo que ainda vive isolada na Amazônia
Reserva dos Kawahiva fica na divisa do Mato Grosso
e Amazonas.
A área onde os índios estão é duas vezes e meia maior do que São Paulo.
A área onde os índios estão é duas vezes e meia maior do que São Paulo.
Imagens raras, filmadas no interior da Amazônia,
mostram cenas inéditas de uma das últimas tribos do mundo que ainda vivem
completamente isoladas da civilização.Para a surpresa dos sertanistas que
fizeram as imagens, os índios surgem de repente no meio da mata. Eles carregam
arcos e flechas e andam nus como os antepassados. O grupo formado por nove
índios faz parte de uma tribo que vive isolada na floresta e foge de qualquer
contato com o homem branco.
Eles foram
avistados no momento em que caminhavam de uma aldeia para a outra. Os homens
são guerreiros. As mulheres levam o que recolheram na floresta e os filhos.
Uma índia
aparece com duas crianças. Congelando a imagem é possível ver a cabeça e o
braço da menor. A outra está pendurada nas costas. É ela que nota a presença do
funcionário da Funai e dá o alarme.
Este foi o
momento de maior tensão no contato. Um dos guerreiros volta para ver o que
tinha acontecido. Ele fica escondido atrás da folhagem e observa os intrusos.
Quando se certifica de que não há perigo, desaparece com todo o grupo no meio
da floresta.
Para entender o
que os índios disseram, nossa equipe pediu ajuda a uma professora da
Universidade de Brasília. Ana Suely Arruda Cabral é uma das maiores
especialistas do mundo em línguas indígenas. “Eu estou pegando palavras. Eles
estão em uma conversa e quando a mulher fala em “dupi” e ele fala em “buta”,
que é lugar para esperar caça. Eles estão procurando algum lugar onde eles vão
parar para pernoitar e, de repente, alguám fala no “mbutá”, que é o andaime
onde eles esperam a caça na árvore. Eles preparam esse andaime para esperar a
caça à noite”, explica a linguista da UnB.
Ela também
analisou a conversa entre os índios no momento em que notaram a presença de
estranhos na floresta. “Quando a criancinha que está no dorso na mãe, ela se
apavora e grita “tapuim”, “tem inimigo”. A mãe olhando para trás grita “atzé”,
“vamos”. A professora explica que a língua Tupi-Kawahiva é comum a várias
tribos, mas como esse grupo sempre viveu isolado fala de uma maneira própria. Quem
registrou as imagens inéditas foi o sertanista Jair Candor. Ele é funcionário
da Funai e há mais de 20 anos tem a missão de monitorar e proteger os
kawahiva, sem forçar o contato com a tribo. “A gente não estava ali para
encontrar com eles. A gente estava para verificar algumas invasões no limite da
terra”.
A área onde os
índios estão isolados é duas vezes e meia maior do que a cidade de São Paulo.
Ela fica no coração da floresta, na divisa dos estados de Mato Grosso e Amazonas. A cidade
mais próxima está a 150 quilômetros de distância. Esse território já foi
interditado pela Justiça e só quem tem autorização da Funai pode entrar.
Até conseguir
filmar os kawahiva, os sertanistas só tinham indícios da existência deles.
Durante duas décadas, fizeram dezenas de expedições na região, encontraram
vários acampamentos provisórios na mata e localizaram muitos objetos produzidos
pelos índios. Os kawahiva não praticam a agricultura e são nômades. Quando a
caça some, mudam de acampamento. Por isso precisam de um território grande.
Eles vivem no
que chamam de tapiri, que é uma habitação improvisada, coberta com folhas. Os
índios fazem redes com casca de árvore. Tem uma roca primitiva, para fazer o
barbante usado na fabricação de flechas. No tapiri, onde vivia apenas um índio,
os sertanistas fizeram uma descoberta. “Hoje a gente tem vestígio de duas
pessoa, são três esteiras, onde dormiu duas pessoas, talvez até três, o casal e
o filho. Aconteceu um casamento aí, a família está crescendo, é bom”,
diz Jair Candor.
O futuro dos kawahiva está ameaçado pela
proximidade da civilização. Os sertanistas encontraram garrafas pet em um
acampamento provisório que fica na beira de um rio. Na outra margem começa uma
fazenda. “A qualquer momento, podem sair para a fazenda. Se isso acontecer,
camarada, a gente vai ter de se preparar, porque vai vir bomba”, diz o
sertanista.
VER
REPORTEGEM JORNAL HOJE REDE GLOBO: https://www.youtube.com/watch?v=PYO2zu0Z65U
Tânia das Graças Gomes Paixão
terça-feira, 29 de abril de 2014
Plano de aula: Índios do Brasil
Componente curricular: História
Modalidade: 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental
Tema: Cultura, povos e diversidade.
O que o aluno poderá aprender com essa aula:
- Aprender e respeitar a diversidade cultural existente entre os indígenas;
- Desconstruir a visão caricata e única sobre o indígena;
- Se inteirar dos problemas que os indígenas atravessaram no passado e sobre os problemas atuais;
- Aprender sobre a luta pelos direitos indígenas, a partir de porta vozes das próprias tribos.
Duração da atividade: 7 aula de 50 minutos.
Estratégias didáticas:
- Produção de texto autoral;
- Reprodução, análise e debate de vídeo;
- Pesquisa orientada;
- Elaboração e apresentação de trabalhos.
Recursos:
- Computador com internet.
- Programa Power Point ou similar.
- Data Show.
1ª aula: O que eu sei sobre o índio?
Nessa aula, o professor deve discutir, inicialmente, com os alunos o que eles sabem ou já ouviram dizer sobre os índios. Depois pedir para que eles registrem no papel o que essas opiniões que levantaram sobre o índio.
O professor deve recolher e reservar para a próxima atividade.
2ª aula: Construindo uma nova visão sobre o índio (1ª parte).
O professor irá passar o vídeo “Índios no Brasil: quem são eles?” produzido pela TV escola. O vídeo também pode ser encontra do youtube:
Para finalizar a atividade desta aula, pedir aos alunos para escrever um texto sobre o que mudou na visão deles sobre os índios e recolher.
3ª aula: Construindo uma nova visão sobre o índio (2ª parte).
Devolver os dois textos produzidos pelos alunos e pedir para eles compararem o que eles escreveram e se a visão que eles têm sobre o índio realmente mudou.
Debater o resultado com os alunos.
4ª aula: Aprofundando o conhecimento sobre os índios
Levar os alunos para a sala de informática e dividi-los em grupos. Entregar o seguinte roteiro de pesquisa aos alunos:
- Acessem o site: http://pib.socioambiental.org/pt
- Escolha duas tribos indígenas apresentadas no site e responda:
- Qual o nome da tribo?
- Como eles se autodenominam?
- Onde estão?
- Qual é a família linguística a qual pertence?
- Descreva algumas características da sua cultura.
- Como se dá a relação com a terra?
- O que fala a última notícia que se tem desse povo?
- Agora, a partir das respostas às perguntas anteriores, elabore uma apresentação no PowerPoint e apresente para seus colegas.
Observação: Esta aula poderá durar de 3 a 4 aulas, dependendo do desempenho da turma.
Créditos imagem: http://pib.socioambiental.org/pt/c/creditos-mosaico
Postado por: Vanessa Lourenço
Postado por: Vanessa Lourenço
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Em uma das últimas ilhas de floresta tropical intacta na Amazônia oriental do Brasil, os índios Awá enfrentar a erradicação aparentemente inexorável de sua casa. Mesmo a vitória legal que lhes doada a terra não parou o abate cruel de árvores por forças que não podem sequer compreender. Fotógrafo Sebastião Salgado captura o mundo do Awá, enquanto Alex Shoumatoff atinge as trilhas na mata com a tribo mais ameaçada na Terra.
O comitê de recepção desce do vilarejo. Três dos homens têm coroas amarelas de penas de tucano , pulseiras tucano de penas vermelhas em seus braços , e tucano vermelho para baixo limpou na ponta do prepúcio , que são amarrados com cordas. Eles estão levando muito bem feitas e flechas arcos longos que chegam até os ombros. O homem mais alto é chamado de Piraí . Ele se senta em um dos bancos de trás posto da Fundação Nacional do Índio Brasileiro de Juriti , onde estou hospedado , e sua esposa, Pakoyaí , em uma saia de tecido finamente tucum , se senta ao lado dele. Seu filho Iuwí é à sua direita, e no fundo é seu pai, Pirahã , que também é casado com a irmã de Iuwí , então Pirahã é tanto o avô de Iuwí e seu irmão -de-lei . Pirahã tem um grande sorriso , que eu reconheço é o sorriso de alguém com um senso do absurdo , que aprecia os deliciosos ironias , as surpresas ultrajantes constantes de existência, como as pessoas tendem a fazer no final de suas vidas. Ele está ouvindo um pássaro na floresta próxima , que é cantar em trios . Cães magro, pequenos sacos marrons de ossos, estão cochilando e rolando na poeira. Um galo está empinando no caminho para o benefício de uma dúzia de galinhas e menores do sexo masculino . O nosso encontro , em uma das últimas ilhas de floresta tropical intacta na Amazônia oriental, está ocorrendo no contexto de todo um eco-sistema . Todas essas comunicações e interações estão em curso que o nosso contingente do mundo moderno está morto para .
Piraí começa a falar em Português, sua voz cheia de seriedade e emoção. "Estamos Awá ", diz ele . "Nós não conseguem viver com galinhas e vacas. Nós não queremos viver em cidades . Queremos viver aqui. Nós temos muita coragem , mas precisamos de você perto de nós. Os " vizinhos - Ka'apor e Guajajara tribos os Awá têm relações irritáveis com - " estão vendendo a madeira para os brancos . Nós não queremos o seu dinheiro e suas motocicletas. Nós não queremos nada dos brancos, mas a viver como vivemos e ser quem somos . Nós apenas queremos ser Awá ".
MAPTHE tribos perdidas da Amazônia
Então Iuwí dá um discurso inflamado em Awá , que nenhum de nós entende, mas suas palavras têm tanta convicção e orgulho trazem lágrimas aos meus olhos . Dois homens corajosos Awá , pai e filho , na flor da idade - não há muitos outros aqui em sua demográfica , nem de longe o suficiente para assumir os madeireiros , os madeireiros que estão matando suas árvores e seus animais e agora estão a poucos quilômetros de aqui, e os milhares de outros Invasores que se instalaram ilegalmente em suas terras e converteu um terço de sua floresta para pastagem. Eu acho que de todos os discursos como este dado por nativos bravos nas Américas ao longo dos últimos 500 anos , que estavam tentando salvar seu povo e seu modo de vida e do mundo , mas foram incapazes de parar o inevitável avanço , brutal do conquistador e seu " progresso " , e como isso é provavelmente o que vai acontecer aqui , a esta tribo remanescente em seu jogo final .
Os Awá são , um povo da floresta diminutivo distintas para o futuro , menor do que qualquer uma das dezenas de outras tribos amazônicas que conheci. Tamanho reduzido é adaptativo em uma floresta tropical . Você pode se mover mais facilmente e de forma discreta . Não apenas os seres humanos , mas outras espécies são menores em florestas tropicais . Os Awá mais velhos , como Pirahã , tem cabelo comprido e desalinhado sorrisos largos. Apesar de todas as vicissitudes , eles parecem ter uma vida feliz perspectiva -eles são apenas feliz por ainda estar aqui, e que eles podem fazer para os outros é mostrar-lhe com seus grandes sorrisos . Algumas das mulheres e crianças têm rostos bonitos , longos e estreitos no queixo , o nariz longo e curvo para baixo no final , o seu escuro , olhos amendoados brilhando com interesse. Eles são mais como Ainu ou quéchua , os povos indígenas do Japão ou dos Andes , que bruisers musculosos da Amazônia , como o Xavante ou Kayapó .
Algumas das crianças parecem um pouco inato . Há um monte de casamento entre parentes próximos aqui , não havendo mais ninguém para casar. E não havendo mais homens que mulheres , algumas das mulheres ter vários maridos - poliandria , um arranjo conjugal raro, encontrado a mais famosa no Tibete. Mas alguns dos homens ter várias mulheres , então não há muito a poligamia . Parece haver uma grande flexibilidade no que dorme com quem. Na verdade, uma mulher Awá não é pensado para engravidar de um homem , ela tem que ter relações sexuais com vários homens , geralmente três . A reprodução é um esforço cumulativo coletiva, e todos os homens que dormem com ela é o pai de seu filho : paternidade plural , o primeiro que eu já ouvi isso.
Dois dias antes, eu havia estabelecido a partir de São Luís , capital do Maranhão , o estado mais oriental da Amazônia brasileira, na costa atlântica do norte do Brasil. Depois de dirigir o sul, para o interior do estado de miséria para 300 milhas em estradas cada vez mais esparsas, e andando pela floresta tropical glorioso para um par de quilômetros , cheguei à proteção pós etno -ambiental da Juriti , no aproximadamente 289 mil hectares Território Indígena (TI) Awá . Os Awá de Juriti são compostas de três grupos que foram contatados pela primeira vez em 1989 , 1992 e 1996 , e , com os filhos que tiveram , desde então, sua população é de até 56 . Há ainda 100 ou mais Awá que permanecem sem contato . Um dos três conhecido isolado, ou ISOLADO , grupos de há provavelmente mais nas outras últimas ilhas do Maranhão floresta tropical - está intimamente relacionado com grupo 1996 do Juriti , que havia decidido que tinha tido o suficiente da vida em fuga , que tem sido estratégia da Awá sobrevivência para quase 200 anos, e um sucesso até agora, com sua floresta encolhendo eo mundo moderno se fechando, e não havendo nenhum outro lugar para ir. Os Awá de Juriti ainda sair na floresta e caçar todos os dias e ter a mesma visão básica e crenças que eles fizeram antes de serem contactados. As únicas concessões à modernidade é que eles usam roupas a maior parte do tempo, crescer algumas culturas , e caçar com armas, com exceção de alguns dos velhos , que ainda preferem os seus arcos.
Os Awá estão entre mais de 800.000 brasileiros "índios ", que pertencem a pelo menos 239 diferentes culturas e falam cerca de 190 línguas diferentes , no entanto, são apenas 0,4 por cento dos 200 milhões de habitantes do país . O Brasil moderno é um rebelde mix , alegre de classes, raças e subculturas regionais etnicamente distintas , com um muito rico 1 por cento, uma classe média que foi preso em ponto morto desde a recessão global, e um proletariado de pele escura , milhões dos quais não tem nada - sem casa, sem emprego, sem terra , sem oportunidades . Então, muitas realidades em contradição uns com os outros , e grande parte da população com menos de 25 e idealista e ansioso sobre o que o futuro nos reserva . Essa ansiedade eo desejo de mudança real e um governo decente não crivada de corrupção são o que desencadeou os maciços, espontâneas , manifestações em todo o país em junho passado.
É surpreendente que ainda existem pessoas nativas isoladas em uma parte tão devastada da Amazônia. A fronteira moderna , com suas serras , tratores, madeireiros, grileiros e pecuaristas , foi corroendo floresta tropical do Awá por 40 anos. Estradas madeireiras ilegais penetraram a poucos quilômetros de onde uma das três bandas conhecidas de Isolados vaga . Survival International , campeão dos povos tribais , classificou o Awá como a tribo mais ameaçada na Terra. FUNAI , Fundação Nacional do Índio do Brasil , colocou o Awá em sua categoria mais vulneráveis " alerta vermelho " .
Survival International estendeu a mão para o fotógrafo Sebastião Salgado , e ele me convidou para acompanhá-lo nesta expedição , cujo objetivo é chamar a atenção mundial sobre a situação dos Awá e persuadir Brasil do Ministério da Justiça para expulsar os Invasores de modo que o Awá e a floresta que dependem pode ser deixado em paz. Não há tempo a perder. Todos os aros burocráticos parecem ter sido um pulo, um processo que começou na década de 1970 . Em 2009, um decreto de expulsão foi proferida por um juiz federal em São Luis- que descreveu a situação como " um verdadeiro genocídio " , mas que foi anulada . Em 2011 , o juiz Jirair Aram Meguerian determinou que o governo brasileiro teve que expulsar os madeireiros ilegais. Mas eles ainda estão lá, uma coleção anárquica das famílias , alguns deles fazendeiros ricos , ou fazendeiros , com antenas parabólicas e painéis solares em seus telhados , mas a maioria deles posseiros , sujeira pobres , sem terra, posseiros analfabetos vivendo em cabanas de barro com telhados de folhas de babaçu de palmeiras . O Ministério da Justiça tem que dar a ordem para a operação de despejo , que vai ser um esforço conjunto envolvendo a polícia , exército, FUNAI e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis . O ministério está compreensivelmente relutante em realizá-lo , porque as coisas poderiam se tornar violenta , e porque muitos dos Invasores estão entre os milhões de sem-teto, desempregados brasileiros , as próprias pessoas Partido dos Trabalhadores no poder está empenhada em melhorar a sorte dos . Além disso, grande parte das terras no Maranhão é de propriedade de uma pequena oligarquia de fazendeiros extremamente ricos que têm suas mãos em grande parte do registro e não simpatizam com os índios.
POSTADO POR: Maria Aparecida Condé Zechini.
O comitê de recepção desce do vilarejo. Três dos homens têm coroas amarelas de penas de tucano , pulseiras tucano de penas vermelhas em seus braços , e tucano vermelho para baixo limpou na ponta do prepúcio , que são amarrados com cordas. Eles estão levando muito bem feitas e flechas arcos longos que chegam até os ombros. O homem mais alto é chamado de Piraí . Ele se senta em um dos bancos de trás posto da Fundação Nacional do Índio Brasileiro de Juriti , onde estou hospedado , e sua esposa, Pakoyaí , em uma saia de tecido finamente tucum , se senta ao lado dele. Seu filho Iuwí é à sua direita, e no fundo é seu pai, Pirahã , que também é casado com a irmã de Iuwí , então Pirahã é tanto o avô de Iuwí e seu irmão -de-lei . Pirahã tem um grande sorriso , que eu reconheço é o sorriso de alguém com um senso do absurdo , que aprecia os deliciosos ironias , as surpresas ultrajantes constantes de existência, como as pessoas tendem a fazer no final de suas vidas. Ele está ouvindo um pássaro na floresta próxima , que é cantar em trios . Cães magro, pequenos sacos marrons de ossos, estão cochilando e rolando na poeira. Um galo está empinando no caminho para o benefício de uma dúzia de galinhas e menores do sexo masculino . O nosso encontro , em uma das últimas ilhas de floresta tropical intacta na Amazônia oriental, está ocorrendo no contexto de todo um eco-sistema . Todas essas comunicações e interações estão em curso que o nosso contingente do mundo moderno está morto para .
Piraí começa a falar em Português, sua voz cheia de seriedade e emoção. "Estamos Awá ", diz ele . "Nós não conseguem viver com galinhas e vacas. Nós não queremos viver em cidades . Queremos viver aqui. Nós temos muita coragem , mas precisamos de você perto de nós. Os " vizinhos - Ka'apor e Guajajara tribos os Awá têm relações irritáveis com - " estão vendendo a madeira para os brancos . Nós não queremos o seu dinheiro e suas motocicletas. Nós não queremos nada dos brancos, mas a viver como vivemos e ser quem somos . Nós apenas queremos ser Awá ".
MAPTHE tribos perdidas da Amazônia
Então Iuwí dá um discurso inflamado em Awá , que nenhum de nós entende, mas suas palavras têm tanta convicção e orgulho trazem lágrimas aos meus olhos . Dois homens corajosos Awá , pai e filho , na flor da idade - não há muitos outros aqui em sua demográfica , nem de longe o suficiente para assumir os madeireiros , os madeireiros que estão matando suas árvores e seus animais e agora estão a poucos quilômetros de aqui, e os milhares de outros Invasores que se instalaram ilegalmente em suas terras e converteu um terço de sua floresta para pastagem. Eu acho que de todos os discursos como este dado por nativos bravos nas Américas ao longo dos últimos 500 anos , que estavam tentando salvar seu povo e seu modo de vida e do mundo , mas foram incapazes de parar o inevitável avanço , brutal do conquistador e seu " progresso " , e como isso é provavelmente o que vai acontecer aqui , a esta tribo remanescente em seu jogo final .
Os Awá são , um povo da floresta diminutivo distintas para o futuro , menor do que qualquer uma das dezenas de outras tribos amazônicas que conheci. Tamanho reduzido é adaptativo em uma floresta tropical . Você pode se mover mais facilmente e de forma discreta . Não apenas os seres humanos , mas outras espécies são menores em florestas tropicais . Os Awá mais velhos , como Pirahã , tem cabelo comprido e desalinhado sorrisos largos. Apesar de todas as vicissitudes , eles parecem ter uma vida feliz perspectiva -eles são apenas feliz por ainda estar aqui, e que eles podem fazer para os outros é mostrar-lhe com seus grandes sorrisos . Algumas das mulheres e crianças têm rostos bonitos , longos e estreitos no queixo , o nariz longo e curvo para baixo no final , o seu escuro , olhos amendoados brilhando com interesse. Eles são mais como Ainu ou quéchua , os povos indígenas do Japão ou dos Andes , que bruisers musculosos da Amazônia , como o Xavante ou Kayapó .
Algumas das crianças parecem um pouco inato . Há um monte de casamento entre parentes próximos aqui , não havendo mais ninguém para casar. E não havendo mais homens que mulheres , algumas das mulheres ter vários maridos - poliandria , um arranjo conjugal raro, encontrado a mais famosa no Tibete. Mas alguns dos homens ter várias mulheres , então não há muito a poligamia . Parece haver uma grande flexibilidade no que dorme com quem. Na verdade, uma mulher Awá não é pensado para engravidar de um homem , ela tem que ter relações sexuais com vários homens , geralmente três . A reprodução é um esforço cumulativo coletiva, e todos os homens que dormem com ela é o pai de seu filho : paternidade plural , o primeiro que eu já ouvi isso.
Dois dias antes, eu havia estabelecido a partir de São Luís , capital do Maranhão , o estado mais oriental da Amazônia brasileira, na costa atlântica do norte do Brasil. Depois de dirigir o sul, para o interior do estado de miséria para 300 milhas em estradas cada vez mais esparsas, e andando pela floresta tropical glorioso para um par de quilômetros , cheguei à proteção pós etno -ambiental da Juriti , no aproximadamente 289 mil hectares Território Indígena (TI) Awá . Os Awá de Juriti são compostas de três grupos que foram contatados pela primeira vez em 1989 , 1992 e 1996 , e , com os filhos que tiveram , desde então, sua população é de até 56 . Há ainda 100 ou mais Awá que permanecem sem contato . Um dos três conhecido isolado, ou ISOLADO , grupos de há provavelmente mais nas outras últimas ilhas do Maranhão floresta tropical - está intimamente relacionado com grupo 1996 do Juriti , que havia decidido que tinha tido o suficiente da vida em fuga , que tem sido estratégia da Awá sobrevivência para quase 200 anos, e um sucesso até agora, com sua floresta encolhendo eo mundo moderno se fechando, e não havendo nenhum outro lugar para ir. Os Awá de Juriti ainda sair na floresta e caçar todos os dias e ter a mesma visão básica e crenças que eles fizeram antes de serem contactados. As únicas concessões à modernidade é que eles usam roupas a maior parte do tempo, crescer algumas culturas , e caçar com armas, com exceção de alguns dos velhos , que ainda preferem os seus arcos.
Os Awá estão entre mais de 800.000 brasileiros "índios ", que pertencem a pelo menos 239 diferentes culturas e falam cerca de 190 línguas diferentes , no entanto, são apenas 0,4 por cento dos 200 milhões de habitantes do país . O Brasil moderno é um rebelde mix , alegre de classes, raças e subculturas regionais etnicamente distintas , com um muito rico 1 por cento, uma classe média que foi preso em ponto morto desde a recessão global, e um proletariado de pele escura , milhões dos quais não tem nada - sem casa, sem emprego, sem terra , sem oportunidades . Então, muitas realidades em contradição uns com os outros , e grande parte da população com menos de 25 e idealista e ansioso sobre o que o futuro nos reserva . Essa ansiedade eo desejo de mudança real e um governo decente não crivada de corrupção são o que desencadeou os maciços, espontâneas , manifestações em todo o país em junho passado.
É surpreendente que ainda existem pessoas nativas isoladas em uma parte tão devastada da Amazônia. A fronteira moderna , com suas serras , tratores, madeireiros, grileiros e pecuaristas , foi corroendo floresta tropical do Awá por 40 anos. Estradas madeireiras ilegais penetraram a poucos quilômetros de onde uma das três bandas conhecidas de Isolados vaga . Survival International , campeão dos povos tribais , classificou o Awá como a tribo mais ameaçada na Terra. FUNAI , Fundação Nacional do Índio do Brasil , colocou o Awá em sua categoria mais vulneráveis " alerta vermelho " .
Survival International estendeu a mão para o fotógrafo Sebastião Salgado , e ele me convidou para acompanhá-lo nesta expedição , cujo objetivo é chamar a atenção mundial sobre a situação dos Awá e persuadir Brasil do Ministério da Justiça para expulsar os Invasores de modo que o Awá e a floresta que dependem pode ser deixado em paz. Não há tempo a perder. Todos os aros burocráticos parecem ter sido um pulo, um processo que começou na década de 1970 . Em 2009, um decreto de expulsão foi proferida por um juiz federal em São Luis- que descreveu a situação como " um verdadeiro genocídio " , mas que foi anulada . Em 2011 , o juiz Jirair Aram Meguerian determinou que o governo brasileiro teve que expulsar os madeireiros ilegais. Mas eles ainda estão lá, uma coleção anárquica das famílias , alguns deles fazendeiros ricos , ou fazendeiros , com antenas parabólicas e painéis solares em seus telhados , mas a maioria deles posseiros , sujeira pobres , sem terra, posseiros analfabetos vivendo em cabanas de barro com telhados de folhas de babaçu de palmeiras . O Ministério da Justiça tem que dar a ordem para a operação de despejo , que vai ser um esforço conjunto envolvendo a polícia , exército, FUNAI e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis . O ministério está compreensivelmente relutante em realizá-lo , porque as coisas poderiam se tornar violenta , e porque muitos dos Invasores estão entre os milhões de sem-teto, desempregados brasileiros , as próprias pessoas Partido dos Trabalhadores no poder está empenhada em melhorar a sorte dos . Além disso, grande parte das terras no Maranhão é de propriedade de uma pequena oligarquia de fazendeiros extremamente ricos que têm suas mãos em grande parte do registro e não simpatizam com os índios.
POSTADO POR: Maria Aparecida Condé Zechini.
SUGESTÃO ROTEIRO DE AULA
TEMA GERAL: "Os povos indígenas em Minas Gerais"
JUSTIFICATIVA: Conscientizar os estudantes das séries finais do Ensino Fundamental sobre a presença de grupos indígenas em nosso território mineiro bem como de suas tradições, lutas e desafios e para que o acesso a tais informações possa ser disponibilizado de maneira mais facilitada, levando em conta a falta de conhecimento sobre estes povos por parte dos professores e alunos.
OBJETIVOS:
- tomar conhecimento da história e cultura dos povos indígenas radicados em Minas Gerais;
- identificar a localização destas tribos no território mineiro;
- assistir a videos onde aparecem as lideranças indígenas expondo seus ideais e anseios e assim, quebrar os pré-conceitos intalados no inconsciente da maioria dos mineiros.
CRONOGRAMA:
10 aulas de 50 minutos
CONTEÚDOS:
- histórico das diversas tribos em Minas Gerais;
- localização geográfica de cada uma delas;
- vídeos onde a cultura, organização social, economia e religiosidade são mostradas.
PROCEDIMENTOS:
- pesquisa bibliográfica;
- pesquisa na internet;
- glossário construído coletivamente durante a aula;
- análise de dados quantitativos;
- discussão orientada;
- produção de texto parcial.
RECURSOS:
- livros para pesquisa;
- mapas;
- textos da internet;
- vídeos e imagens da internet.
AVALIAÇÃO:
- Produção de um texto final coletivo.
3 COMUNIDADES INDÍGENAS EM
MINAS GERAIS E SUA ORGANIZAÇÃO
3.1 Povos Indígenas em
Minas Gerais
Os povos indígenas do
Estado de Minas Gerais oficialmente reconhecidos encontram-se divididos em 08
grupos distribuídos pelo território mineiro, principalmente nas regiões Norte e
Nordeste do Estado, sendo eles: Xakriabá, Pankararu, Aranã, Maxakali, Kaxixó,
Pataxó, Krenak, e Xukuru-Kariri. Os dados existentes quanto ao número de índios
presentes no estado variam conforme instituição consultada, devido
às diferentes definições e
metodologias adotadas. O IBGE, por exemplo, apurou que no ano 2000, 48.720
pessoas residentes em Minas Gerais identificavam-se como indígenas, sendo
37.760 referentes à população urbana e 10.960 à rural, representando 0,27% da
população residente no estado. Já conforme dados da FUNAI, que considera apenas
índios que residem em reservas, a população indígena de Minas Gerais seria em
torno de 7.500 pessoas.
Figura 1 – Povos Indígenas
em Minas Gerais
Fonte:
Núcleo de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Estado de Educação de MG,
disponível
em
http://www.descubraminas.com.br/destinosturisticos/det_mapa.asp?tag_origem=
P&id_origem=1814&id_mapa=270&id_lista=270&sequencia=1.
Xakriabá
Os Xakriabás constituem o
mais numeroso grupo indígena remanescente em Minas Gerais, com cerca de 6.5004 índios, cujas 34 aldeias
localizam-se no município de São João das Missões, norte do Estado,
contemplando 53,4 mil hectares de reserva indígena. A maior aldeia desse grupo,
denominada Brejo do Mata Fome, possui escolas estaduais, postos de saúde e de
apoio da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e é onde se desenvolve a principal
atividade econômica desenvolvida pelo povo Xakriabá, a agricultura de
subsistência, que é desempenhada pelos indígenas mesmo sofrendo com as graves
conseqüências que lhes são impostas pelas condições climáticas desfavoráveis da
região.
4 Dados
fornecidos pela FUNAI referentes ao ano de 2002.
10
Cabe destacar, que nas
últimas eleições municipais, em 2005, membros da comunidade Xakriabá foram
eleitos para os cargos de prefeito e vereadores na Câmara Municipal de São João
das Missões, sendo que quatro dentre os cinco indígenas eleitos para o cargo de
vereador ainda residem na reserva da comunidade, demonstrando a consciência e
força política dos membros daquele grupo. Em relação às terras pertencentes ao
povo Xakriabá, segue ainda uma disputa com o Governo Federal,
constitucionalmente responsável pelos povos indígenas, pela revisão dos limites
territoriais de sua reserva, decorrente de algumas famílias que ainda
encontram-se fora da área demarcada.5
Pankararu
O povo indígena Pankararu
tem suas origens no Estado de Pernambuco, mas atualmente um grupo familiar, com
cerca de 126 pessoas,
encontra-se no Estado de Minas Gerais, especificamente no município de Coronel
Murta, situado no Vale do Jequitinhonha, onde qual habitam uma área de 60
hectares, doada pela Diocese de Araçuaí. O grupo tem se empenhado, ainda,
através da utilização de conhecimentos ancestrais e religiosos, na tarefa de
reestruturar uma aldeia própria, onde possam se expressar e viver sua cultura
plenamente.
A despeito dos obstáculos
enfrentados, o povo Pankararu assume ter uma dívida com o Estado, em virtude do
auxílio do ente quando da titulação de suas terras. O Instituto de Terras do
Estado (ITER) ofereceu a possibilidade do crédito fundiário, porém, o povo
Pankararu acredita que terá dificuldades no pagamento das obrigações financeiras.
Como consequência, a permanência da dívida os impede de receber certos
benefícios (o período de carência acaba no presente ano). Nesse sentido, assume
o Governo do Estado de Minas Gerais o compromisso de estudar formas de refinanciamento
da dívida mencionada, ainda em 2008, provendo-lhes melhores condições para
saldar seus compromissos.
Aranã
O povo Aranã é um dos
subgrupos da grande família indígena Botocudo que vive, atualmente, em aldeias
nos municípios de Araçuaí e Coronel Murta, no Vale do Jequitinhonha, em Minas
Gerais. Constituem um grupo de aproximadamente 1507 pessoas, residentes, principalmente,
nas fazendas Campo, Alagadiço, Lorena, Cristal e Vereda, sendo que na Fazenda
Alagadiço há uma maior concentração de famílias em função da doação de glebas
de terra pela Diocese de Araçuaí para alguns posseiros na década de 1980.
A busca do povo Aranã pela
identificação étnica e reconhecimento remonta ao início da década de 1990, após
a migração de um grupo familiar da etnia Pankararu (Pernambuco) para a Fazenda
Alagadiça, em Coronel Murta, onde habitavam algumas
5 Dados
sobre o povo Xakriabá foram obtidos nos sítios www.cimi.org.br e www.socioambiental.org.
6 Dados
fornecidos pela FUNAI referentes ao ano de 2002.
7 Dados
fornecidos pela FUNAI referentes ao ano de 2002.
11
famílias Aranã. Até a
chegada dos Pankararu, os Aranãs eram apenas conhecidos pelas denominações
Índio e Caboclo do Jequitinhonha. No entanto, o convívio com os indígenas de
Pernambuco, que participavam do movimento e da luta pelos direitos indígenas,
estimularam o desejo antigo do grupo de investigação sobre sua origem étnica,
despertando uma maior reflexão sobre sua condição social e histórica. Inicia-se,
assim, um processo crescente de revalorização da identidade étnica do povo Aranã.
A relação histórica de
subordinação aos fazendeiros, a constante migração pelas fazendas e a memória
de uma vida em comum, mas repleta de dificuldades na fazenda Campo, faz com que
os Aranã possuam uma relação muito específica com a terra. Desde o primeiro
contato com a equipe do CEDEFES, os Aranã afirmam que sua luta é para adquirir
uma terra para que possam viver coletivamente8.
Maxakali
O território dos Maxakali,
um povo tradicionalmente seminômade, caçador e coletor, estendeu-se pelos Vales
do Mucuri e Jequitinhonha, no sul da Bahia e nordeste de Minas Gerais. Com a
chegada dos europeus no litoral brasileiro e as frentes de colonização que
adentraram o território mineiro, os Maxakali sofreram um processo de expulsão
que os obrigou a se esconder na região do Vale do Mucuri. Mesmo nesse território
foram alvo de vários tipos de violência, tiveram suas terras roubadas e devastadas
com a introdução do capim colonião por funcionários do antigo órgão indigenista
governamental, Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Contudo após muitas lutas e
mobilizações, os Maxakali conseguiram a demarcação do seu território. Hoje a área
Maxakali demarcada (5.293 hectares) está localizada na área rural dos municípios
de Bertópolis e Santa Helena de Minas (respectivamente as aldeias de Pradinho e
Água Boa), MG, Brasil, na cabeceira do rio Umburanas, afluente do rio Itanhém.
Mais recentemente a distribuição geográfica populacional dos Maxakali aumentou
no Vale do Mucuri com a ocupação de duas novas áreas nos municípios de Ladainha
(reserva indígena) e Campanário. Sua população atual total é de aproximadamente
1.039 pessoas, sendo a maioria jovens e crianças.
Sua economia é voltada
para a produção de pequenas roças de subsistência e artesanato, recebendo
recursos de programas e/ou benefícios governamentais. Vendem ou trocam seus
produtos por outros alimentos, nas feiras das cidades vizinhas. Continuam
lutando por melhores condições de vida e estão engajados no processo de
preservação e recuperação ambiental do seu território, reconstruindo o seu
mundo simbólico e religioso.9
Kaxixó
Os índios Kaxixó habitam
os municípios de Martinho Campos e Pompeu, às margens do Rio Pará, ocupando uma
pequena área de 35 hectares. A sua população é estimada em 74 pessoas, sendo
que há um contingente populacional de aproximadamente
350 indígenas10 que não vivem isolados, encontrando-se dispersos
8 Dados
sobre o povo Xakriabá foram obtidos nos sítios www.cimi.org.br e www.socioambiental.org.
9 Dados
sobre o povo Maxakali foram obtidos no sítio www.cimi.org.br.
10 Dados
fornecidos pela FUNAI referentes ao ano de 2002.
12
por essa região. Parte do
grupo vive nas localidades conhecidas como Capão do Zezinho, Pindaíba e
Fundinho. Há mais de 17 anos lutam pela demarcação de suas terras, como meio de
garantir a sobrevivência e a rearticulação das famílias que hoje se encontram
dispersas.11
Pataxó
O povo Pataxó é originário
do sul da Bahia e, desde a década de 70, reside na Fazenda Guarani, município
de Carmésia. Contam com uma população de aproximadamente 25612 indígenas, habitando uma
reserva demarcada de 3.270 hectares. Vivem do plantio de roças de subsistência
e da venda do seu artesanato. Como os seus ancestrais, os Pataxó manifestam sua
cultura através da pintura corporal, danças, músicas e outros costumes
tradicionais. É de um povo que se orgulha do seu passado e faz de sua memória
seu maior patrimônio13.
Krenak
A etnia indígena dos
Krenak é pertencente à grande família Botocudo e vive no município de
Resplendor, Vale do Rio Doce. A sua população é de 18614 indígenas, vivendo em uma
área demarcada de 4.200 hectares, conquistada após anos de luta.
Os Borum do Watu (índios
do Rio Doce), como são conhecidos os Krenak, buscam a partir da reconquista de
parte de suas terras, continuarem o seu projeto de vida. Lutam
pela manutenção de sua
tradição cultural e suas maiores expressões tais como a língua, dança, pintura
e religião15.
Xukuru-Kariri
Os Xukuru-Kariri pertencem
ao tronco lingüístico macro-jê, sendo originários a partir da fusão de outros
dois povos indígenas distintos, ocorrida ainda no século XVIII: os Xukuru, hoje
mais presentes em Pernambuco, e os Kariri, em Alagoas.
Atualmente, parte do povo
vive no território de Minas Gerais, mais especificamente no município de
Caldas, sul de Minas Gerais, em uma fazenda de 127 hectares, pertencente ao
Governo Federal. A principal tarefa que hoje é atribuída ao povo Xukuru-Kariri
é justamente adaptar-se a essa região, criando condições de sobrevivência ao
grupo étnico que hoje é constituído por aproximadamente 6416indígenas. É baseado na
força de sua tradição religiosa, formada por diversos rituais, que o povo dos
Xukuru-Kariri mantém sua identidade étnica, costumes e tradições17.
11 Dados
sobre o povo Kaxixó foram obtidos no sítio www.cimi.org.br.
12 Dados
fornecidos pela FUNAI referentes ao ano de 2002.
13 Dados
sobre o povo Pataxó foram obtidos no sítio www.cimi.org.br.
14 Dados
fornecidos pela FUNAI referentes ao ano de 2002.
15 Dados
sobre o povo Krenak foram obtidos no sítio www.cimi.org.br.
16 Dados
fornecidos pela FUNAI referentes ao ano de 2002.
17 Dados sobre o povo Xukuru-Kariri foram obtidos no sítio www.cimi.org.br
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Postado por Berenice Outeiro
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