A cultura indígena que se fortalece na escola
Currículo é instrumento da valorização da língua e dos costumes dos índios Katukina e Puyanáwa
Elisângela Fernandes (novaescola@fvc.org.br), de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, AC
Português como língua estrangeira
MATEMÁTICA NA MATA Alunos aprendem como
era a Matemática de seu povo: as mãos servem para medir os cipós,
utilizados para definir o tamanho dos roçados
ESCOLA BILÍNGUE Para os katukinas, o
português só aparece no 6º ano: a noke vana, cuja tradução é nossa
língua, é ensinada em toda a Educação Básica
Ao organizar suas escolas e o currículo, os katukinas optaram por um ensino bilíngue, mas há quem conteste a decisão de só começar a trabalhar com o português no 6º ano. "Muitas mulheres e crianças têm dificuldade em se comunicar em situações básicas, como uma consulta médica", explica o linguista Aldir Paula dos Santos, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). "Em 2012, teremos a primeira formatura de uma turma de Ensino Médio em nossa escola. Uma grande conquista que vai ajudar a valorizar e manter viva a nossa cultura", comemora o diretor Fernando Katukina, que também é o cacique. Das 36 terras indígenas do estado, em apenas quatro há escolas de Ensino Médio.
Campinas Katukina
Homologada pela Funai em 1993 Área: 21.624 mil hectares
População: 674 pessoas
Total de professores: 24
Total de alunos: 290
(Contribuição: Gabriela Turma: A Grupo Tutora: Francisca)
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