sexta-feira, 2 de maio de 2014

POVO HUNI KUI

        
O povo Huni Kui também conhecido com Kaxinawã habita os vales dos Purus e Juruá no estado do Acre. Com uma população de aproximadamente 4000 pessoas distribuídas em mais de 10 terras indígenas. Compartilham três desses territórios com os povos Ashaninka, os Shanenawá e os Madijá.
Os Huni Kui falam a língua  Hatxã  Kuin da família Pano.Vivem na floresta, caçam, pescam e plantam. Comercializam seu belíssimo artesanato produzido com madeira, barro, algodão, penas, pupunha, cana brava e miçangas.
Os  kaxinawãs possuem famílias numerosas onde predominam duas lideranças: o pajé pelo poder mágico-religioso e o líder político.
Possuem associações que viabilizam projetos agrícolas visando garantir a preservação e utilização de recursos naturais presentes em seus territórios. Contam com a parceria de organizações não governamentais indígenas e não indígenas.


Artesanato
                                                     
Kene é o nome que se dá aos desenhos geométricos tradicionalmente aplicados à cerâmica, tecelagem, arte em palha, miçanga e ainda à pintura corporal do povo Huni Kuĩ.


Principais dificuldades

A caça ilegal realizada por invasores em território Huni Kui, o desmatamento ilegal na divisa com o Peru  e a ausência de atendimento médico nas aldeias e a falta de apoio financeiro por parte dos governantes são as principais dificuldades enfrentadas atualmente.


                       
Organização social
A divisão entre os sexos é fundadora da sociedade Kaxinawá e marca mais a vida cotidiana do que qualquer outra divisão em metades, seções ou idades. A diferença entre as gerações é medida a partir de uma divisão básica em que crianças e pessoas idosas aproximam-se pelo compromisso menor que têm com os papéis relacionados à construção da sua identidade em termos de gênero, e diferenciam-se enquanto grupo de homens e mulheres engajados nas atividades produtivas sexuadas.
A divisão da sociedade em metades rituais e matrimoniais, e em seções de transmissão do nome próprio não permeia todas as atividades, já que maior parte das atividades é feita no grupo de mulheres de um lado e no grupo de homens de outro. Durante os rituais, porém, a divisão da sociedade em metades é importante, assim como em poucas atividades coletivas dos homens, como a brocada de roçados.
A socialização da criança em termos de gênero começa desde muito cedo. A partir do momento em que sabe andar sozinha, aprende as tarefas mais fáceis de seu gênero. A criança recebe o nome logo depois do nascimento, mas é preciso o tempo de infância para ligá-los aos poucos ao corpo do novo portador. Isto acontece nos primeiros anos de vida, pelo uso repetido do nome pelos pais e depois também pela aprendizagem por parte da criança do uso correto dos termos de parentesco. À medida que vai dominando estes termos de referência e vocativos, seus parentes vão deixar de chamá-la pelo nome próprio para chamá-la somente em termos de parentesco.




Vídeos sugeridos
  
Uma escola Huni Kui
https://www.youtube.com/watch?v=t5mXZJAlx_k


Língua Huni  Kui (Kaxinawá) na Biblioteca da Floresta
https://www.youtube.com/watch?v=d8sz8nhPSJA

Etnomapeamento em terras indígenas no Acre
https://www.youtube.com/watch?v=pEzHD1zBd64


Projeto Huni Kui e Yawanawa
https://www.youtube.com/watch?v=RtmckMNbCsU


Postado por Carlos Alberto 












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