Plano
de Aula
Justificativa
Desde o
inicio da vigência da Lei nº 11.645, em 2008, a temática “História e Cultura Afro-Brasileira
e Indígena” se tornou obrigatória nos currículos do ensino fundamental e médio.
A lei pretende simultaneamente contribuir para o fim de preconceitos raciais e
afirmação da identidade e orgulho das origens. Trata-se de uma medida
reparatória e de inclusão que visa contribuir para a construção de uma
sociedade mais justa, com igualdade de oportunidades e livre de preconceitos.
Apesar disso, a maioria dos alunos ainda não conhece a contribuição
histórico-social dos povos indígenas ao país.
Componente curricular: Artes, Oralidade.
Modalidade: Educação Infantil.
Tema:
Cultura Indígena
O que o aluno poderá aprender com essa aula:
Valorizar a cultura indígenas
Respeitar
a diversidade cultural.
Duração das atividades: Aproximadamente
aulas 35 minutos
Recursos didáticos:
Livros,
revistas, jornais, cola, cartolina, tesoura, reco-reco, chocalhos, tambor,
bastão, apito, buzina, trombeta, flauta, zumbidores.
Descrição das ações:
1º momento
A
professora inicia a aula organizando uma roda de conversa sobre os índios,
mostrando várias imagens sobre os mesmos e seus costumes. Após a apresentação e
a observação dos alunos, o professor os incentivará a comentar o conteúdo das
imagens, realizando perguntas a respeito das figuras como: Quem é o índio? Onde
ele vive? Como se veste? O que come? Porque ele se pinta? Vocês conhecem algum
instrumento musical indígena? O que esses índios estão segurando? Para que eles
utilizem os chocalhos?
A professora deixará, nesse momento, as
crianças falarem livremente, expondo seus conhecimentos iniciais a respeito da
cultura indígena; apenas administrar eventuais conflitos. Destacar a importância
de se respeitar as diferenças. Proponha que pergunte aos pais o que eles sabem sobre
os índios e que os alunos tragam imagens que representam os povos indígenas.
2º momento
Apresentar
para as crianças, instrumentos musicais de origem indígenas, como reco-reco, chocalhos,
tambor, bastão, apito, buzinas, trombetas flautas e zumbidores. Para que elas
possam conhecer e vivenciar produções culturais brasileiras com influencias
indígenas.
A
professora poderá falar sobre a importância do bater de pés, que resulta a
vibração do solo, serve para ordenar e animar os movimentos das danças
indígenas. Com os chocalhos presos aos tornozelos, coxas, braços, pescoço e
cintura, o corpo inteiro do índio pode se tornar uma fonte sonora, com diversos
matizes, dependendo do material utilizado.
3º momento
As
crianças serão dispostas em circulo, onde a professora será a mediadora da
conversação. Questionar sobre o que elas trouxeram de casa e proponha que
produzam um cartaz.
Avaliação:
A avaliação das atividades será acompanhada de
modo a verificar se há participação, colaboração, organização e entendimentos
das crianças.
Observar no decorrer das atividades propostas
o envolvimento das crianças com as atividades.
Fonte:
https://www.ufmg.br/online/arquivos/indios
https://www.ufmg.br/online/arquivos/indios
Povos Tupinambás de Olivença
Os
tupinambás de Olivença são oriundos do grupo Tupi, localizam-se na região da
Mata Atlântica, sul da Bahia, nas proximidades de Ilhéus. Falam exclusivamente
o português. Por um longo período foram considerados como indígenas
assimilados, “misturados”, e, por isso, não tinham os direitos garantidos aos
indígenas pela Constituição de 1988. Eles foram reconhecidos pelo Estado
brasileiro como mais um dos povos indígenas do país em de abril de 2009.
As
mulheres tem um papel fundamental na vida e na luta dos Tupinambá, são elas que
representam a força guerreira que aparecem como as principais articuladoras da
vida política nas aldeias e no diálogo com o Estado brasileiro e a sociedade
envolvente. O espaço das atuações das mulheres indígenas expandiu-se no momento
em que teve acesso ao sistema educacional, e assumindo lideranças, ao adquirirem
conhecimentos e capacidades de interagirem entre os lugares e a cidades.
Com
o movimento de retomada com intuito de conseguirem algo de direito que é a
demarcação das terras indígenas, contestada pelos não índios, que pela
Constituição Federal de 1988 estabelece que somente as terras habitadas aquela
época, o que foi um avanço, mas não se fazia a justiça devida, pela visão de
muitos, uma índia em 2000, com maior instrução escolar conseguiu mobilizar um
grupo de descendência Tupi se auto proclamaram Tupinambás para participar do
encontro de indígenas no Brasil; conscientizaram que faziam parte de um mundo
mais extenso, vasto e com este contato acreditaram na possibilidade de vencerem
a batalha pela defesa do seu próprio território como outros grupos. Com as
invasões, como as da Fazenda Futurama e Bagaço Grosso, com o intuito de os Tupinambá
de Olivença pressionarem a FUNAI a concluir o processo da demarcação de terras.
No entanto, os Eles vêm exigindo do Estado brasileiro o reconhecimento das
terras que ocupam e tratando de recuperar as áreas que lhes foram tomadas. E a
luta continua até os dias atuais.
A
Cultura
Os
Tupinambás de Olivença destacam-se nas práticas tradicionais, procurando
mantê-las e valorizá-las como importantes legados dos antepassados, no cuidado
e preservação, também da mata nativa.
No artesanato:
maraca, lança, tacape, borduna, arco e flecha, zarabatana e cachimbo, feitas
manualmente em espécies nativas: tucum, paty, buri, cabaça e a taboca.
As artes:
quadro de pinturas, com traços tradicionais, tela com pintura vegetal. Pratos
de madeira e potes cabaça.
Práticas rituais e festas –
Influenciadas pelos rituais católicos e são de suma importância para estreitar
os laços entre os habitantes de várias procedências temos:
* Festa do Divino
Espírito Santo, final do mês de maio reúne os que vivem na Mata e na Vila de Olivença.
A bandeira do Espírito Santo circula durante um mês as localidades; os que a
carregam são chamados de “romeiros”. Quando sai da Vila para Mata diz- se que
“entrou para o mato”. O toque do tambor convida a todos para que se aproximem.
Encerra-se com uma missa na Vila, e o pessoal da Mata hospeda-se em casa de
parentes e o movimento é relembrado por todo o ano.
* Festa de São
Sebastião, no final do mês de janeiro tem um papel relevante nas relações
sociais na Vila. Há os “machadeiros” encarregados de “marcar o pau”, ou seja,
escolher os troncos para fabricação do mastro e do “mastaréu” o mastro das
crianças. Extrai-se parte do casco para promessas a São Sebastião e para fazer
chá que dá sorte. No dia da festa, alvorada às cinco horas, chamados pelo sino
da Igreja, reúnem-se na praça. Chegando na mata o tronco é derrubado em meio a
grande algazarra e depois de descascado é transportado para a vila e a sua
frente segue o das crianças.
* Uma prática ritual
que adotaram desde 2000, é o Porancim, (Toré) aprendido em encontro com índios
da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. Vai ganhando cada vez mais
importância, é uma dança circular, bate os pés no chão com força e ritmada,
curvando-se o corpo para frente ligeiramente, movendo os braços com maracá e
cantando musicas repetidamente. Algumas pessoas entram em transe e acreditam
que é uma maneira de encontrar o Pajé.
Fonte:
Postado por: Marisa Aparecida de Miranda
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